segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Perdendo espaço: Poema cabuloso de Diogo Ramalho, poeta radical Livre


O cerrado perde espaço para o asfalto,
Árvores derrubadas para passagem de cavalos de aço.
O cerrado perde espaço para o asfalto,
E sua resistência é um grito abafado em um espaço reservado.
O progresso vem chegando de mansinho,
Pedindo espaço e devorando vidas,
Um Bioma inteiro a ser degradado.
E ainda dizem por aí que somos civilizados.
O cerrado perde cada vez mais espaço
E suas belezas são memórias distantes
Em velhos cartões postais.
Espaço, espaço, não é somente nós que precisamos de espaço,
Não há ser vivo que consiga viver enclausurado.
O cerrado anda perdendo espaço.
Para o asfalto,
Depois de ir mos embora, plantas romperão o asfalto,
A terra livre
E nos não precisaremos de sapatos.
Mas o problema é que agora,
O cerrado perde espaço para o asfalto.

Diogo Ramalho

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